Xô preguiça [ e gente que tem preguiça de tudo]

Preguiça. Está aí uma coisa que não gosto de sentir. Às vezes, porém, é inevitável. Preguiça aguda de sair da cama, num dia de friozinho e companhia aconchegante, por exemplo. Mas tem uma preguiça que tem me  acometido com frequencia: preguiça de gente que tem preguiça de tudo.

De gente que, no clichê de parecer crítico, cult e ou quem sabe, melhor, recorrem à expressão 'blasé' de quem sabe de tudo e nada mais surpreende.  Para eles, tudo é ruim, nada serve e está a  altura de levantar a sobrancelha, fazer cara de surpresa e demonstrar entusiamo.  Críticos de tudo que, na verdade, não passam de cri-cris crônicos. Chaaaaatos.

Pensando nisso, cheguei a conclusão que nunca mais digo que tenho preguiça de alguém ou de algum fato. (Só aquelas do primeiro parágrafo, pois ninguém é de ferro!). Até porque não sou assim, mas num universo em que manter a pose às vezes é necessário, a gente se esquece e, quando vê, pode estar lá, fazendo o tal carão...Não!

Bom mesmo é se entusiasmar  com tudo, achar graça nas pequenices, nas bobeiras do dia, nos filminhos sem sacadas inteligentes, mas que divertem. Deixar a cara feia de lado e até render-se àquela música chiclete, de letra sem lógica, mas que mobiliza tanta gente.   Ver a vida com uma lente de bom-humor...

Preguiça de gente, só se for dos mau-humorados, dos mau-educados, dos mentirosos, dos hipócritas, dos cri-cris, dos que fazem pose sem ser ninguém, dos que se acham. 

Tenho precisado cair nessa real, ainda mais aqui em SP, nessa terra onde o carão quase impera. Portanto:

Viva o bom-humor,  A gargalhada escandalosa (ainda que eu seja discreta e não a tenha). Viva não ter pré-conceito e preconceito!

Xô preguiça e gente preguiçosa!

Aliás, o que te da preguiça?

Um fim de semana de muito entusiasmo!
---